No dia 04 de maio de 2019 houve o lançamento do produto de ecoturismo de base comunitária “Trilhas da Gralha Azul” dentro da Floresta Nacional de Assungui, Flona de Assungui, localizada na Estrada do Cerne km 64. Reunindo gastronomia típica e cultura em um belo remanescente de Mata de Araucária, o produto busca aproximar da Floresta estudantes, grupos de melhor idade e outros apreciadores da natureza para admirarem e estudarem a mata em um conjunto de trilhas guiadas.
O circuito de trilhas prevê 3 trilhas de curto e médio percurso com diferentes graus de dificuldade. A trilha atualmente aberta é curta e de fácil percurso sendo acessível para diversos tipos de públicos. No trajeto é possível observar majestosas árvores, especialmente Araucárias. Há também surpresas na mata como cachoeira e pontos para apreciar paisagens incríveis.
Para grupos mais silenciosos será possível perceber o canto dos pássaros e com muita sorte, das Gralhas Azuis que nessa época vêm em busca da semente preciosa das nossas matas, o Pinhão. O passeio inclui acolhida na Flona com café da manhã, vivências de educação e contato com a natureza, e também a trilha conduzida pelos jovens condutores capacitados e almoço com pratos muito especiais que encontramos no interior de Campo Largo, entre eles a paçoca de carne.
A iniciativa é uma conquista do Grupo de jovens “Raízes da Preservação” que nasceu dentro do projeto “Trilhas da Gralha Azul” desenvolvido pela Associação Miríade, uma organização da sociedade civil que trabalha desde 2014 no interior do município. O desenvolvimento do turismo no entorno da Estrada do Cerne é uma das diretrizes da Agenda 21, construída pelos jovens dos distritos locais que acreditam no ecoturismo como uma das possibilidades de engajamento e geração de renda para a localidade.
O projeto Trilhas da Gralha Azul ofereceu a esse grupo de jovens um curso de empreendedorismo em ecoturismo de base comunitária que culminou na implantação, em forma de mutirões comunitários, do produto turístico e da infraestrutura da primeira trilha na Flona.
O trabalho teve intenso apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO, gestor da Flona e de várias outras instituições parceiras como o Instituto Federal de Campo Largo – IFPR, Curso de Agroecologia, os Cursos de Turismo de Curitiba e do litoral da Universidade Federal do Paraná – UFPR e especialmente o apoio da Fundação SOS Mata Atlântica.
Há ainda outras parcerias importantes como a Emater, o Inspirarte Centro Cultural, o Instituto Legado, Leo’s Recanto, Associação Quilombola Palmital dos Pretos e a Associação Solidária de Agricultura Ecológica – ASAECO.
A Prefeitura Municipal de Campo Largo através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Metropolitanos e pelo Departamento de turismo apoiam o projeto direcionando esforços para fortalecer o produto como, por exemplo, o apoio na logística da matéria prima sustentável utilizada na implantação de parte da infraestrutura turística.
O Departamento de Turismo é o órgão interno que acompanha o projeto diretamente e fornece informações técnicas através de uma consultoria para o grupo acompanhando visitas de teste de roteiro e colaborando na divulgação da iniciativa. O Departamento de Agricultura também se prontificou a prestar apoio com orientações para a comercialização de produtos coloniais.
Futuramente outros setores da prefeitura devem se aproximar do projeto, concretizando o propósito de profissionalizar os produtos turísticos oferecidos aos visitantes do município. Através desse apoio, está sendo possível desenvolver um sistema experimental de infraestrutura de trilhas com a reutilização de pneus inservíveis, doados pela empresa Camppneus e Borracharia Caiuá por intermédio do Departamento de Turismo.
Os jovens do projeto implantaram passarelas e escadas utilizando como base os pneus que, se não direcionados para esse fim, poderiam se transformar em mais uma montanha de lixo. As passarelas e escadas construídas com pneus podem futuramente servir como um modelo para outras trilhas da região e de outras Unidades de Conservação, já que o projeto tem como premissa a sustentabilidade e o menor impacto ambiental possível.
Dessa forma se concretizam novos horizontes que os jovens vêm sonhando há tempos e renascem novas e prósperas perspectivas para que, no futuro, a natureza, cultura e as populações de jovens do campo estejam cada vez mais fortalecidas rumo à sustentabilidade e autonomia.
Quer saber mais?
Para conhecer as Trilhas da Gralha azul e obter mais informações sobre o projeto entre em contato com a Miríade por meio do Site: www.miriade.org.br ou pelo email: trilhas@miriade.org.br, ou ainda pelo whatapp (41) 996542760. Visite também as redes sociais : miriadeduca@facebook.come Trilhas da Gralha Azul. Os passeios acontecem somente sob agendamento prévio para grupos de, no mínimo 15 pessoas.
Fonte: PMCL